Autor: Ângela Schiezari Garcia
Haiti, palavra de origem indígena que significa “montanhoso”; junto com a República Dominicana ocupam a segunda maior ilha das Antilhas. Tem o formato semelhante à cabeça de um caimão, que é um pequeno crocodilo, abundante na região.
Conta a história que desde as primeiras expedições comandadas por Cristóvão Colombo - fundador oficial do Haiti - já ocorriam inúmeros conflitos pela posse das terras entre indígenas e colonos, haitianos e dominicanos, invasões francesas, invasões inglesas e também a rebelião dos negros.
Uma atormentada história de lutas associada à falta de atenção às propriedades rurais, problemas técnicos na agricultura, alto índice de analfabetismo e graves problemas na saúde, comunicações e meios de transporte precários determinaram a amarga realidade de social e a pobreza do país.
Realidade esta que acompanha gerações, retratando o cruel sistema político, em que uma minoria ditatorial massacra a humilde população e desvia milhões de dólares em benefício próprio.
Alguns países, por sua vez, por interesses políticos difíceis de definir participam ativamente para que a solução de tanta revolta seja encontrada. Talvez a posição estratégica da ilha, sua distância da grande potência ou, quem sabe algum objetivo secreto desencadeiem as desavenças.
Enquanto isso, nós acompanhamos amargurados as notícias sobre o triste fim do povo haitiano, friamente assassinado e torturado.
Essa coerção provoca reações na população local, em que escritores inspirados e até mesmo reconhecidos internacionalmente manifestam seu repúdio. Um deles René Depestre, poeta e romancista que viveu em São Paulo, em seu livro “Arco-Íris para um Ocidente Cristão”, busca como tantos outros, uma vida mais digna e feliz para nossos irmãos.