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Ângela Schiezari Garcia

Autor: Ângela Schiezari Garcia

Novas tendências da gastronomia saudável.

12/12/2016 - São Roque - SP

 

Em sua obra “Da medicina antiga” Hipócrates apresenta, talvez pela primeira vez, uma concepção da dieta ligada à saúde, também diferenciando os homens dos animais pelos hábitos alimentares.

As ideias de Hipócrates, relacionando alimentação e saúde, têm sido retomadas modernamente. Em 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborou um manual que denominou "Estratégia Mundial sobre Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde", com o objetivo de prevenir e orientar as pessoas.

No Brasil, esse manual originou uma ação do Ministério da Saúde denominada "10 Passos para a Alimentação Saudável", que ajudou na redução de algumas doenças relacionadas ao sobrepeso e à obesidade.

Apenas em 2010, em decorrência de doenças contraídas por consumo de alimentos, 420 mil crianças morreram; entre elas, 125 mil abaixo de cinco anos, de acordo com relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2016).

Com o objetivo de aumentar a conscientização e promover ações para manter segura toda a cadeia alimentar, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) elegeu o tema “Do campo à mesa, obtendo alimentos seguros” para marcar o Dia Mundial da Saúde 2015, comemorado no dia 07 de abril. Segundo a OPAS/OMS, a boa nutrição é fator decisivo para a garantia da boa saúde. Desde o nascimento, as pessoas necessitam de alimentos para sua sobrevivência e a qualidade destes é fundamental.  “A segurança alimentar e a boa nutrição são indissociáveis. O consumo inadequado de determinados tipos de alimentos ou ingredientes, como excesso de sal, açúcar e gorduras, podem levar a ocorrência de algumas doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão. Paralelamente, a prática de atividades físicas também é essencial para a saúde de qualquer indivíduo”, conforme publicou a agência da ONU em um comunicado.

No Brasil, a OPAS/OMS ampliou o tema e celebra o Dia Mundial da Saúde incentivando o consumo de alimentos seguros, a alimentação saudável e a prática de atividades físicas simultaneamente. Alimentos não seguros geram um círculo vicioso de doença e desnutrição que afetam particularmente os indivíduos mais frágeis, como crianças, idosos e doentes. Os alimentos saudáveis são a chave para uma boa saúde; por outro lado, os alimentos não seguros contendo bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas prejudiciais à saúde são a causa de mais de 200 doenças. As doenças diarreicas, por exemplo, matam cerca de 2 milhões de pessoas por ano. Essas enfermidades prejudicam a produtividade, sobrecarregam o sistema de saúde pública, além de impedirem o desenvolvimento socioeconômico, com prejuízo da economia nacional, do turismo e do comércio. Uma das iniciativas da OPAS/OMS é a promoção da manipulação segura dos alimentos, por meio de programas sistemáticos de prevenção e conscientização (OMS, 2016).

A escolha do que se coloca na mesa é tão relevante que motivou a seguinte afirmação de Brillat-Savarin: “O destino das nações depende daquilo e de como as pessoas se alimentam”.

 

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