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Murilo Mendes Maciel

Autor: Murilo Mendes Maciel

Lealdade, ânimo e honestidade

25/2/2017 - São Roque - SP

Estamos no Ano do Senhor de Dois Mil e Dezessete e atravessamos os idos de meados de carnaval. Fatos corriqueiros; que num passado remoto faria a toda uma coletividade indignar-se ao ponto de desejar cometer atos insanos, dando escape à sua animalidade interior reprimida de maneira carcerosa a décadas em cada indivíduo. Essa animalidade externa uma ira descontrolada que extrapola o limite do imaginário e estes passam a ser fatos públicos e notórios. Massacres entre facções criminosas; dentro de presídios de segurança máxima; uma verdadeira carnifissina, uma violência sem limites.

Agora vamos viajar no tempo e retornar 600 anos atrás aqui na América, ou como, chamavam Índias. Na realidade a Mesoamérica e seu império dominante e seus reinos tributários possuidores de cultura, instrução, administração, política, comércio, engenharia, matemática, astrologia, astronomia, metalurgia, tingimento, sistema monetário rudimentar, mas existente e sua religião politeista pagã. Os seus sacrifícios ritualisticos eram não de vegetais ou de animais; mas sim; sacrifícios humanos para aplacar a ira de suas divindades.

Mais ao sul do continente americano estavão comunidades nativas canibais; menos desenvolvidas que as mesoamericanas; mas, com suas culturas e costumes milenarmente praticados e seus mitos e religião transmitidos pela oralidade tradicional dos nativos.

Os europeus invasores admiraram de encontrar uma civilização e um Império governante e reinos tributarios inseridos em um sistema social evoluido; de maneira que o impacto dos espanhóis foi de tamanha monta que não conseguiram descrever sem frizar os detalhes. Cada narrador em sua narrativa peculiar que adotou.

Herodoto; citado por Schopenhauer menciona "Cádumo, que já dera vibrante testemunho de lealdade, de ânimo e honestidade...[...]"

Notemos que Não apenas hoje essas qualidades estão faltando na sociedade. No passado americano a falta delas entre os nativos que permaneceram divididos; depreciando suas procimidades locais em preferência ao estrangeiro tido como uma divindade cumpridora de oráculos proféticos regionais. A escolha que favoreceu os invasores foi um ponto forte no seu domínio territorial e sua posterior captação de riquezas.

A captação de riquezas por mentes maquiavélicas; podemos notar que é recorrente na evolução social e que atinge seus altos e baixos demonstrando a necessidade perpétua de ética e moral na sociedade. A união pela terra que se ouve alardear, não foi praticada pelos mesoamericanos, que permaneceram guerreando entre si preferindo uma aliança militar com os invasores para atingir seus objetivos politicos opositores ao império dominante.

Temos hoje uma sistema penitenciário corrompido e ultrapassado; uma política que envergonharia aos filósofos gregos; um estado totalmente envolvido em crises e escandalos vergonhosos que aparentemente não se tem solução a curto prazo. O maquiavelismo paticado pelos dominantes para com os dominados roubando suas riquezas e até os seus princípios. 

Estamos como os nativos americanos - divididos e desunidos; enquanto aqueles que levam nossas riquezas estão em alianças obscuras permanecendo na extração de nossos bens.

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