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Albertino Lima Ribeiro

Autor: Albertino Lima Ribeiro

O dia dos finados é para os vivos

2/11/2017 - São Roque - SP

 

“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.”

Esse texto faz parte do livro bíblico de Eclesiastes e trás um grande ensinamento que é fonte de inspiração para a arte e para a vida.

No cinema o filme “a culpa é das estrelas”,  trouxe  essa  reflexão sobre a morte para um público bem jovem. O interessante é que este narra  uma história que vai de encontro ao sentimento pós moderno e levou   jovens e adolescentes a pensarem no sofrimento e na morte.

A morte é um assunto desagradável para a maioria das pessoas e muito mais ainda para a juventude. Além desse belo filme, podemos tirar ensinamentos de outra bela arte, refiro-me aos versos da música de Ana Vilela que trata do assunto com muita sensibilidade.

“Segura teu filho no colo
Sorria e abrace teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir”

Devemos aprender também com os antigos samurais japoneses, estes entendiam a morte como um propósito. Segundo o Bushido, o código dos samurais, quando alguém pensa constantemente que a morte é inevitável, a lealdade e a piedade filial são realizadas e muitos males e desastres são evitados.

Então, meu amigo, para vivermos bem nesse mudo passageiro, é importante considerarmos que um dia encerraremos nossa jornada aqui. Para muitos, que são presos ao egoísmo, isso pode ser  motivo de levar uma vida desregrada e se entregar a um hedonismo incurável, mas para aqueles que são verdadeiramente humanos e entendem que somos seres de relação com o próximo e com o eterno, devemos procurar fazer o melhor enquanto estamos vivos, principalmente para aqueles a quem tanto amamos.

 

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