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Thiane Ávila

Autor: Thiane Ávila

Entrego

28/2/2018 - São Roque - SP

A terra entrego o que delego. Ego. Cedo demais me quis madura. Dura. Procrastinando a sombra escura. Cura. Não soube ouvir nenhum chamado. Amado. Sem semear o erro, enterro. Erro. Ninguém escuta e nem perdoa. Doa. Não dói ouvir só a verdade. Arde. O pranto ao fim seca o choro. Oro. Não acredito no escuro. Curo. Nasceu fadada toda a jornada. Nada. O canto entrega a melodia. Dia. A voz que ouve já anoitece. Tece.

A vida é algo emprestado. Estado. Não cuida de si, não cuida da terra. Erra. Assisto a um tempo desvelado. Lado. Correndo pelo meio da mentira. Ira. Erro dos fracos o desconhecimento. Cimento. De quem pressupõe o chão estático. Tático. Vislumbra o plano todo oculto. Culto. Quem acha graça da miséria. Séria. Pra quem vive só afirmando. Mando. Mensagem agora a quem resiste. Existe. Por mais difícil, se clareia. Areia. Nosso pisado sem retorno. Torno. A falar dos versos que são minha língua. Íngua. Debaixo dos olhos que não perdoam. Doam. A própria dor à oração. Ação. Sem pensamento e sem limite. Imite. A chance de ser entendido. Tendido.

Todo o dia encerra um velho começo. Meço. As vontades escondidas no varal. Aral. Pra construir novos laços. Aços. De quem não planeja, sobrevive. E vive. A aprender com a convivência. Vivência. Dada com o tempo e com as falhas. Alhas. Com o objetivo criativo. Ativo. De não cair na mesma lábia. Ábia. Que desensina a ordem imposta. Posta. O teu semblante que é o que interessa. Essa. Magistratura que oprimem. Rimem. Toda a estupidez já escrachada. Achada. Em meio a tanta gente que acha estar correta. Reta. Nas suas virtudes e perfeição. Feição. De quem só inibe a voz de quem caminha junto. Unto. Essa arrogância no peito e termino. Mino. A minha mente de quem eu sou. Ou. Acabarei esquecendo quem me enxerga. E me erga.

Olho pro mundo e vejo loucura. Cura. Tentando ser a voz sagrada. Agrada. Somente a quem tem o poder da regra crua. Rua. Ao que tenta a custo ser ouvido. Ido. Com força posta contra a parede. Rede. De gente que não admite sair da bolha. Olha. Que audácia enorme olhar pro mar. Ar. Dos donos dos clubes e das junções. Unções. Aos que, como eu, sabem ser imperfeitos. Feitos. De toda a tralha que se refaz. Faz. Do teu defeito a força primeira. Eira. Pra te achar quando te desencontrar. Encontrar. Só um motivo pra viver. Ser.

THIANE ÁVILA.

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