COLUNISTAS

Autor: Thais O. Watanabe

ARQUITETURA PARA A MELHOR IDADE

23/4/2014 - São Roque - SP

Apesar de fazer parte de um conjunto de normas para a prática da arquitetura, no dia-a-dia podemos ver construções sendo erguidas sem o mínimo de consideração e respeito com relações espaciais e ergonômicas, desrespeitando todas as idades, e podemos testemunhas espaços onde não é possível usar uma bengala ou andar com carrinho de bebê quanto mais uma cadeira de rodas.

Podemos não necessitar de cuidados especiais `hoje´ com o nosso ambiente, mas devemos considerar que um dia podemos precisar, ou mesmo um ente querido. E por que não já deixarmos nossos espaços elegantemente preparados?  

Para cada espaço existe uma solução e para isso devemos considerar basicamente: uso, equipamentos e circulação.

Vamos a um exemplo prático?

 BANHEIRO

USO GERAL:

Cuidados de higiene pessoal

EQUIPAMENTOS BÁSICOS:

Vaso: necessidades fisiológicas

Pia / Espelho: lavar mãos, lavar rosto, escovar os dentes, barbear, arrumar-se,

Chuveiro: banho

CIRCULAÇÃO – Questionamentos:

Consigo cuidar da higiene de um bebê neste local?

Consigo cuidar da higiene de um idoso neste local?

Consigo cuidar da higiene de um cadeirante neste local?

Consigo cuidar da higiene do meu pet neste local?

Se eu quebrar a perna, consigo cuidar da minha higiene neste local?

A resposta para a análise de destes dados será o planejamento adequado para o ambiente em questão, independente de qual seja. Isto é: Como farei para que meu ambiente possa me atender de maneira a ...?

Podemos notar que as questões de espaço e ergonomia não afetam somente a terceira idade, mas toda a população em geral, adaptabilidade e conforto é uma necessidade real para o “melhor morar” e prever em cada trecho de um projeto adaptações especiais para atender também grande e crescente faixa da população, que segundo estudos, no ano de 2030 pessoas com mais de 60 anos serão em torno de 29% da população mundial.

Thais.O. Watanabe

Arquiteta | PMP