Autor: Ângela Schiezari Garcia
Craque da seleção brasileira, menino maroto com responsabilidade de homem gigante a despertar emoções de crianças a idosos na Copa do Mundo de 2014.
Carismático, de olhos arregalados e translúcidos, ele demonstra e irradia um semblante de paz e alegria, por meio de sua incomparável habilidade motora nos campos de futebol.
Assim como outros líderes esportivos como Pelé, Oscar e Senna, Neymar teve a incumbência de representar a “energia tropical” simpática e acolhedora para os milhares de torcedores. Uma visão positiva em detrimento às sérias questões políticas, econômicas e sociais relacionadas à corrupção e a violência tão destacadas na mídia nacional e internacional.
Na expectativa de realizar o seu sonho de garoto, bem como os sonhos de milhares de brasileiros carentes de grandes líderes, que transferem frustrações, anseios e conflitos para transpor obstáculos e alcançar objetivos, o jogador fazia o seu melhor nos gramados.
A cada GOLLLL , a torcida delirava e já se preparava para a sonhada entrega da taça, embalada ao som de “É CAMPEÃO”...
A potente carga de tensões emocionais, frustrações e dissabores foram expressos pelo povo brasileiro em manifestações pacíficas ou não, antes e durante a realização dos jogos ao mesmo tempo na esperança de um patriotismo que clamava por VITÓRIA, no símbolo do ídolo Neymar.
Não se imaginava que um golpe desonesto pelas costas tivesse o poder de fraturar uma das vértebras da coluna lombar do jogador, desmoronando ao mesmo tempo a esperança de dias melhores.
A coluna vertebral representa para o corpo humano uma estrutura óssea poderosa que nos mantém na posição ereta e é responsável pela mobilidade articular e pela execução dos movimentos. Na linguagem biológica e emocional, uma fratura nessa região pode denunciar conflitos, inflexibilidade ou certa desvalorização frente a valores e crenças.
Acredito não ter sido à toa que o fato tenha ocorrido devido à relação de forças impactantes na estrutura fragilizada da nação. Testemunhamos de norte a sul cenas rotineiras e comoventes nos noticiários que mostram crianças famintas em escolas abandonadas devido à má gestão dos governos, pelo desvio de verbas, pela corrupção dos dirigentes dos municípios, dos estados e do país ou pelos doentes que se arrastam e morrem nas portas e corredores de hospitais.
A sociedade assiste a tudo isso e em cada cidadão de bem nasce um sentimento que é um misto de revolta, impotência, desalento e insegurança.
A dor de nosso herói demonstrada nas lágrimas também está nas expressões tristes de tantos que esperam por um Brasil triunfante não só no futebol, mas principalmente, na educação, na cultura e na política.
No corpo humano, uma vértebra é sobreposta à outra e cada qual na sua função permite independência e organização dos movimentos, assim como qualquer sistema exige harmonia e equilíbrio de seus componentes.
Os alemães deram um show de bola e de exemplos, ao exercerem a cidadania com toda a ajuda ofertada ao povoado de Cabrália e do Brasil.
Que o belo exemplo seja seguido por todos e como heróis de nossa própria vida possamos fazer a diferença significativa na vida de outros.
Ângela Schiezari Garcia
CREF 000690-G /SP - CREFITO 162573-F
Educadora física e fisioterapeuta
Osteopata, terapeuta self-healing e de leitura biológica
Radiestesista Genética
Studio Prátik – Rua Pedro Vaz, 291 – Centro Fone: (11)4784-6289
São Roque – SP – CEP: 18130-490