ColunistasCOLUNISTAS

Ângela Schiezari Garcia

Autor: Ângela Schiezari Garcia

O ninho vazio?

7/7/2014 - São Roque - SP

Considerado um transtorno dos tempos atuais, o termo conhecido como síndrome do ninho vazio representa o período em que os filhos partem da casa de seus pais pelos mais diversos motivos, como ingresso à universidade, trabalho e casamento entre outros fatores e cada vez mais cedo visam à independência financeira, profissional e conjugal, deixando um grande “vazio” dentro do lar.

Várias publicações e pesquisas realizadas pela Revista Brasileira de Psiquiatria indicam grande parte dos artigos de autoria de psicólogos, que reforçam as características das perdas biológicas e sociais dessa fase, com sinais evidentes de depressão, dependência em todas as áreas e desestruturação familiar.

Importante ressaltar, que o diagnóstico necessita de maior aprofundamento teórico, porque em muitos casos os sintomas podem ser confundidos com sintomas de transtornos mentais.

Segundo Sartori & Zilberman (2009), a sensação da perda na função parental se deve à instabilidade decorrente dos reflexos de mudanças sociais e de crises de valores e ideologias, gerando os sentimentos relacionados a essas perdas.

Oliveira (2007) se refere ao período de maior susceptibilidade para o surgimento da síndrome, na fase em que o último filho sai de casa ou quando ocorre a morte de algum dos parceiros conjugais. Segundo ele, o sexo feminino está mais vulnerável aos sintomas, devido ao papel fundamental da mãe como cuidadora na base familiar, embora alguns estudos indiquem que a figura paterna tem estado também vulnerável ao acometimento da síndrome do ninho vazio, com certo sentimento de acomodação, responsável por alguns dos conflitos entre os casais.

Grande parte das mulheres dedica seu tempo à criação dos filhos com certa exclusividade. Elas sofrem com a partida dos mesmos, com a sensação de impotência, autoestima baixa, depressão e afastamento do convívio social, chegando às vezes à total reclusão.

Profissionais da área de saúde sugerem aos familiares uma atenção maior a fim de que antes de qualquer mudança o grupo familiar possa dialogar, saber compreender as decisões e ações motivacionais em busca de valores éticos e morais que regem a vida e os sonhos que os inspiram.

Se cada membro da família for respeitado e tiver funções específicas fundamentadas nos princípios do bem comum, talvez as mudanças possam ocorrer de maneira mais harmoniosa e menos dolorosa.

A mulher deve buscar outros afazeres, bem como a realização de sonhos que possivelmente foram deixados de lado, enquanto cuidava das funções da casa e dos filhos; momento precioso para a reflexão e para um trabalho mais profundo de autoconhecimento.

É um despertar para relações mais maduras, desapegadas e saudáveis, com oportunidades de crescimento pessoal, de valorização de talentos e habilidades, realização de projetos e por que não, de grandes oportunidades.

O primeiro passo para a resolução dos problemas e sintomas prejudiciais à saúde e ao relacionamento familiar é a conscientização e se necessário a busca de profissional especializado para ajudar na superação dos conflitos, pois a vontade de ser feliz e fazer alguém feliz deve ser maior e prevalecer. Esta deve ser a prioridade.

Além disso, o ninho, antes vazio, pode aumentar com a chegada de netos, “agregados”, novos amigos mostrando que o tempo pode ser aproveitado ainda para tarefas humanitárias fora de casa, fazendo com que o lar maior povoado de tantos irmãos jamais se sinta vazio.

O amor na grande família fraterna preenche o “vazio ilusório” e nos incentiva na ação para um mundo mais humanitário e feliz!

 

 

Ângela Schiezari Garcia

CREF 000690-G /SP - CREFITO 162573-F

Educadora física e fisioterapeuta

Osteopata, terapeuta self-healing e de leitura biológica

Radiestesista Genética

Studio Prátik – Rua Pedro Vaz, 291 – Centro Fone: (11)4784-6289

São Roque – SP – CEP: 18130-490

Compartilhe no Whatsapp