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Ângela Schiezari Garcia

Autor: Ângela Schiezari Garcia

Regras para a Manutenção da Saúde

14/7/2011 - São Roque - SP

Agradecimento

É com muita satisfação e alegria que escrevo para esta coluna do Guia São Roque e agradeço imensamente o convite.

 A minha idéia inicial é o desenvolvimento de textos técnicos e filosóficos, com o objetivo de proporcionar a informação associada à reflexão, despertando ainda uma interação harmoniosa entre leitores e colunista.

Regras para a manutenção da saúde

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é o perfeito estado de bem-estar físico, mental, social e espiritual. O nosso SNC (sistema nervoso central) é o processador deste modelo ideal de saúde. Por vários fatores, ele pode se descontrolar e permitir a invasão de doenças. Estas, por sua vez, podem ter diferentes origens (congênitas, degenerativas e psicossomáticas), que transtornam o SNC, a ponto de emitir mensagens incoerentes ou exageradas para os sistemas corporais.

As doenças congênitas são adquiridas antes, durante ou após o nascimento, muitas vezes por causas desconhecidas. Dentre essas doenças, aquelas caracterizadas por deformações estruturais são denominadas por anomalias ou malformações congênitas. Malformação congênita é qualquer defeito na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica estrutural presente no nascimento por causa genética, ambiental ou mista. Podem decorrer em conseqüência de doenças sexualmente transmissíveis dos pais, do resultado do uso de drogas, do fumo e do álcool ou de intercorrências durante o parto. Resultados de uma pesquisa na Universidade de Newcastle, no Reino Unido ressaltam que a obesidade materna poderia aumentar a incidência de doenças congênitas no bebê. A análise de estudos e artigos antigos mostrou que o risco de aparecimento de doenças como hidrocefalia, má-formação do tubo neural e anomalias cardiovasculares era sensivelmente maior em mães obesas no início da gravidez do que em mães com peso normal.

Outro fator que pode ocasionar um descontrole do SNC são as drogas. As drogas mais usadas e de maior consumo não são as ilegais como heroína e cocaína, mas as de uso disponível como álcool, fumo e cafeína. Em países ocidentais, o cigarro é a causa mais comum de doenças e de morte prematura, principalmente por câncer e doenças cardíacas, porém a maioria dos fumantes não deixa o vício, mesmo sabendo dos prejuízos acarretados para a sua saúde. O fumo, um vício caro e difícil de se abandonar e mais difícil ainda é para quem começa antes dos 20 anos, é responsável por muitas das doenças respiratórias graves como a bronquite, asma, e por doenças cardíacas. O consumo excessivo de álcool tem agravado problemas sociais, contribuído para 1/3 dos acidentes rodoviários e levado a comportamentos anti-sociais, como crimes, divórcio e perda da produtividade. O álcool em demasia pode provocar várias doenças como cirroses, tremor das mãos, hipertensão, etc.

A maioria das doenças degenerativas é causada por um estilo de vida inadequado às necessidades do organismo, compreendendo alterações no funcionamento de células, tecidos ou órgãos (excluindo-se as alterações devidas a inflamações, infecções e tumores). Este grupo de doenças provoca a degeneração de todo o organismo, envolvendo vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos e cérebro. Normalmente são adquiridas por hábitos alimentares inadequados (ou uso excessivo de gorduras de origem animal) e uma vida sedentária. Classificam-se como doenças degenerativas o diabetes, a arteriosclerose, a hipertensão, as doenças cardíacas e da coluna vertebral, além de câncer, Mal de Alzheimer, reumatismo, esclerose múltipla, artrite deformante, artrose, glaucoma, coluna, cabeça, e membros. Trata-se de um comportamento induzido por hábitos decorrentes dos confortos da vida moderna. As doenças crônico-degenerativas são as principais causas de mortes em países desenvolvidos, enquanto as infecto-parasitárias são as principais causas de morte em países subdesenvolvidos. Ocorrem com mais frequência em adultos e idosos, sendo menos comum nos jovens.

As causas das doenças psicossomáticas estão na mente, na alma e nas emoções e refletem-se em nosso corpo através do SNC. O termo “psicossomático” vem do grego “psykhe”, que significa sopro, alma, espírito e “soma”, corpo. Essas doenças resultam da incapacidade da mente para lidar com certos tipos de problemas como estresse excessivo, emoções negativas ou sofrimentos prolongados. Hipócrates, o pai da medicina citava: "Homem, conheça-te a si mesmo, para poder conhecer os deuses e reconhecer o Deus que habita em ti". Então, qualquer sintoma ou queixa pode ser entendido como uma manifestação psicossomática, além de ser uma oportunidade para o autoconhecimento.

Atualmente a psicossomática, como ramo da ciência, tem se desenvolvido segundo uma ótica multidisciplinar promovendo a interação de vários profissionais de saúde, dentre eles, médicos, fisioterapeutas e psicólogos. Estudos indicam que entre 70 a 90% de todas as doenças atuais são de fundo emocional e que a hipertensão, o diabetes, a úlcera, bronquite asmática, doenças de pele, alguns problemas cardíacos e até o câncer fazem parte da grande maioria das doenças psicossomáticas.

É importante o trabalho de conscientização de regras precisas e sábias, que norteiam a saúde. Elas nos aconselham a escutar o nosso próprio corpo e a evitar a rotina de sobrecarga excessiva e seus reflexos maléficos. Além disso, tendo conhecimento aprofundado sobre estas questões há uma gama maior de opções que, associadas, nos conduzem ao bem-estar, à saúde e à qualidade de vida.

Vamos enfocá-las nos próximos textos...

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