Autor: Ângela Schiezari Garcia
O que é treinamento funcional (Core 360 º) - Parte 1
A palavra funcional significa “algo que foi concebido e executado para ter maior eficiência nas funções que lhe são próprias; que possui eficácia, prático, utilitário”. O Homem sempre precisou desempenhar com eficiência as tarefas diárias, na garantia da sobrevivência em situações extremamente adversas. O processo de Evolução o obrigou a novas adaptações e consequentemente a descoberta de novas habilidades.
O Treinamento funcional, por meio de exercícios relacionados com a atividade específica do indivíduo transfere ganhos de forma efetiva para o seu dia-a-dia e condiciona de forma plena todas as capacidades de força, velocidade, equilíbrio, coordenação, flexibilidade e resistência.
Atletas de elite, idosos, jovens, donas-de-casa podem desenvolver com proficiência qualquer atividade e se beneficiar do modelo CORE 360º, que se adapta às necessidades do indivíduo.
CORE 360 é o centro de produção de força, geração de estabilidade e absorção de impacto do corpo. Essas ações são realizadas em 360º quando estamos em movimento. Esses 2 termos básicos relacionados ao treinamento funcional, dão nome a metodologia de aplicação desse conceito, criada pelo professor Luciano D’ Elia e pela Body Systems Latin America.
Os princípios básicos do treinamento - Tratar o corpo e o indivíduo como seres únicos e complexos:
1. Princípio das diferenças individuais - programas pessoais e intransferíveis
2. Princípio da supercompensação - o corpo adapta-se aos estímulos recebidos. Quando stress é maior do que ele está preparado, ocorre supercompensação.
3. Princípio da sobrecarga- para que haja supercompensação é preciso que o estímulo seja maior do que o corpo está acostumado. A sobrecarga é a maneira de fornecer estímulo para que o corpo se adapte e deve ter certo grau de intensidade, frequência e duração do estímulo (aumento de peso, velocidade do exercício, intensidade do treino e complexidade do exercício).
4. Princípio da adaptação específica às demandas impostas - o corpo adapta-se aos estímulos de maneira altamente específica. Para se tornar mais resistente é preciso fazer treinos de resistência. O treino precisa ser específico para ser eficiente.
5. Princípio da síndrome geral de adaptação - O stress (sobrecarga aplicada para que haja adaptação) faz com que o corpo passe por 3 fases: fase de alarme; de resistência e de exaustão. Estas fases demonstram que é preciso haver períodos de baixa ou nenhuma intensidade entre os estímulos impostos ao corpo. Treinar forte o tempo todo não trará adaptações e pode causar over training.
6. Princípio do uso e desuso - Se o corpo não for usado perderá os benefícios conseguidos através da supercompensação.
7. Princípio da especificidade - Quanto mais específico e mais semelhante à atividade almejada for o treino, maior a probabilidade de transferência dos ganhos de desempenho do treinamento para a atividade.
8. Princípio da variação- É essencial para que a adaptação continue ocorrendo em programas longos de treino, combinando diferentes equipamentos, movimentos, velocidades e planos de movimento, conseguindo enorme variação do treinamento no trabalho das habilidades motoras.
Características principais:
O programa se adapta ao indivíduo, e não o indivíduo ao programa.
Integra habilidades motoras.
Busca saúde, desempenho e boa forma.
Treina movimentos e não somente músculos.
Altamente motivador, pela quantidade infinita de variáveis.
Dinâmico na prescrição, execução e avaliação.
Ângela Schiezari Garcia
CREF 000690-G /SP - CREFITO 162573-F
- Educadora física e fisioterapeuta
- Osteopata, terapeuta self-healing e de leitura biológica
- E-mail: angela.garcya@terra.com.br
Studio Prátik – Rua Pedro Vaz, 291 – Centro – subida da Aeronáutica.
Fone: (11)4784-6289