Autor: Ângela Schiezari Garcia
As pessoas se acostumam com o padrão de dor ao longo do tempo e o incorporam às atividades da vida diária de forma tão arraigada que não percebem o desconforto, as contraturas musculares, a redução na amplitude dos movimentos e a decadência gradual na qualidade de vida.
Tal fato, essa incorporação, se deve à falta de consciência corporal, pois o cérebro segue a lei do uso e do desuso, desativando o mapeamento de áreas corporais que não são estimuladas ou utilizadas com frequência.
Na prática, observamos a deficiência da percepção sensorial, quando, ao toque do terapeuta, os pacientes se assustam ao serem surpreendidos com técnicas de inibição nos pontos gatilho, altamente dolorosos ou com movimentos em regiões com perda de amplitude articular e fraqueza muscular. Eles afirmam categoricamente que não identificam problemas nessas regiões, em que a dor apresentada chega a ser insuportável e o trabalho terapêutico comprometido.
O espasmo muscular, iniciado por um movimento brusco que ativa o Sistema Nervoso Central, causa isquemia e com a redução do oxigênio pode produzir substâncias como os ácidos, radicais livres e amônia, ativadores de receptores livres e geradores da dor.
O reconhecimento dos tipos de dor pode auxiliar tanto o terapeuta quanto o paciente a identificar e tratar a lesão osteopática, considerada de parâmetro menor. As lesões de parâmetro menor como os espasmos, encurtamentos, compressões, bloqueios articulares podem ser tratadas pelo osteopata.
As lesões de parâmetro maior, como as inflamações, infecções, lesões estruturais (rupturas, alterações congênitas, degenerações, necroses, fraturas) devem ser encaminhadas ao médico.
A manifestação clínica da dor nos tecidos apresenta características próprias, dependendo da região em que foi acometida, a saber:
Após o trabalho de avaliação diagnóstica e da aplicação de testes de mobilidade global e da ausculta osteopática, o terapeuta poderá dispor de inúmeras técnicas, como instrumentos utilizados para o tratamento das disfunções, normalizando os tecidos, restabelecendo a mobilidade e a saúde.
É importante ressaltar que, independentemente do tipo de acometimento, essas técnicas obedecem à lei da não dor.
Ângela Schiezari Garcia - CREF 000690-G /SP - CREFITO 162573-F
- Educadora física e fisioterapeuta
- Osteopata, terapeuta self-healing, de leitura biológica e radiestesia genética.
- E-mail: angela.garcya@terra.com.br
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