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Denise Corrêa

Autor: Denise Corrêa

A importância dos limites na infância e adolescência (para formação)

29/7/2013 - São Roque - SP

O limite é fundamental no desenvolvimento de todo ser humano, pois é o que permite que o mesmo desenvolva uma noção clara de si na relação com o mundo: até onde se pode ir e quando começa o direito do outro.

A criança sem limites não aceita ser contrariada, acha que todas as suas vontades devem ser feitas e acaba se tornando uma criança infeliz por não ter tudo o que quer. Acostumada a receber sempre o sim, não consegue ser feliz quando o contrário acontece.

Já no adolescente, as consequências podem ser extremas. Em regra geral, acham que podem tudo, desenvolvem um comportamento agressivo, desconhecem a palavra “não” e acabam burlando todas as regras e normas. Na maioria dos casos se sentem pouco amados e agem para chamar atenção, como uma forma de confronto com os pais.

Os limites são de extrema importância na vida da criança e do adolescente, pois eles funcionam como uma rede de segurança. As relações humanas são permeadas de regras de convivência em grupo. Seja na família, no trabalho ou nas situações sociais, sempre existem normas que asseguram os direitos e os deveres de todos.

Quem não respeita as regras pode acabar sendo “punido” com a não aceitação dos outros. Assim, a principal consequência da falta de limites desde a infância é a dificuldade em construir vínculos duradouros e estáveis, o que favorece o isolamento e a baixa auto-estima.

Durante a nossa vida recebemos muitos nãos como resposta a algo que queremos. O brinquedo que nossos pais não puderam nos dar, o (a) namorado (a) que não quis dar continuidade ao relacionamento, o emprego que não conseguimos conquistar... E aprender a trabalhar com os nãos que a vida nos dá é fundamental para construção da saúde mental de todo adulto saudável.

Não é por acaso que as crianças, no momento em que estão na fase de aquisição das regras e dos limites não suportam as transgressões, pois essas indicam a desvalorização de um saber já estabelecido.

De forma geral, os educadores são unânimes ao afirmar que “se não lhes dermos regras, as crianças pedirão por elas”.

Denise Corrêa - Psicopedagoga e Tutora Educacional
Graduada em Comunicação Social pela Universidade de São Paulo, pós-graduada em Psicopedagogia.
Endereço: Rua Enrico Delacqua, 297, Sala 65, Centro - São Roque
Fone e Whatsapp: (11) 99464-3749

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