Autor: Ângela Schiezari Garcia
Os maus hábitos alimentares, o fumo, a bebida, as situações de estresse do indivíduo e o uso de medicação oral transformam o sistema digestório em uma região anatômica muito vulnerável.
A gastrite é considerada uma inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste a parede interna do estômago provocada por diferentes fatores como a bactéria Helicobacter pylori, o uso prolongado de ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatórios.
A dor da gastrite se inicia na região epigástrica, logo abaixo do osso esterno (parte anterior do tórax) e pode vir acompanhada de azia ou queimação se houver retorno do suco gástrico por defeito no esfíncter, estrutura muscular que controla a comunicação entre esôfago e estômago. A azia piora quando a pessoa se deita depois de uma refeição rica em gorduras.
A perda de apetite, náuseas e vômitos também são sintomas de gastrite, assim como a presença de sangue nas fezes e no vômito. O histórico clínico e endoscopia (exame que permite visualizar a mucosa do estômago) são fundamentais para o diagnóstico de gastrite.
O estômago digere alimentos, secreta hormônios e acrescenta um fluído ácido transformando os micronutrientes em massa viscosa (quimo), devido a ação enzimática e a contração muscular.
O sistema gastrintestinal recebe influências do sistema nervoso autônomo (sistema nervoso parassimpático e simpático). A estimulação parassimpática estimula o peristaltismo (contrações musculares rítmicas e coordenadas para movimentar o alimento pelo trato digestivo), o relaxamento dos esfíncteres e o aumento de secreção das glândulas gastrintestinais; o sistema nervoso simpático inibe o peristaltismo e aumenta o tônus dos esfíncteres. Sendo assim, o estresse é um dos fatores que pode levar a disfunções no sistema.
O suprimento nervoso simpático do estômago se origina nos segmentos das vértebras T6 até T9 da medula espinhal.
As aderências, a ptose abdominal (desequilíbrio e fraqueza muscular na região abdominal, projetando os órgãos para frente), a restrição muscular como espasmos, cicatrizes internas e fixações dentro dos tecidos de suporte das vísceras influenciam negativamente o movimento visceral.
Há ainda estudos que relacionam os efeitos benéficos da massagem visceral sobre a amplitude lombar, levando em consideração as relações anatômicas e fisiológicas existentes entre a cavidade abdominal, a coluna lombar e a melhora da mobilidade visceral.
Alguns autores sugerem a liberação fascial do estômago para favorecer a sua mobilidade, melhorando o peristaltismo, o tônus da musculatura lisa esofagogástrica, proporcionando a total funcionalidade.
Vários estudos comprovam os efeitos positivos da intervenção fisioterapêutica, por meio de técnicas manuais e osteopáticas no tratamento da gastrite, com alterações funcionais no sistema gastrointestinal, desde a azia até a hérnia de hiato, que favorecem também a melhoria qualidade de vida dos pacientes.
Ângela Schiezari Garcia
CREF 000690-G /SP - CREFITO 162573-F
Educadora física e fisioterapeuta
Osteopata, terapeuta self-healing
Terapeuta floral e de leitura biológica
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