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Se você trabalha com produção de alimentos em processos artesanais e quer valorizar seu produto, este texto é para você. A correria da vida moderna faz com que estejamos sempre em uma roda acelerada de uma equação que não fecha: cada vez menos tempo para dar conta de um número maior de coisas e responsabilidades em nosso dia a dia. E assim a tendência da falta de tempo na alimentação também se perpetuou ao longo dos anos, pois com a pressa, foi preciso se alimentar cada vez mais rápido. Dessa forma a alimentação fast-food ganhou espaço, não somente dentro de shoppings e praças de alimentação, mas também no mercado, com alimentos industrializados que levam cada vez menos tempo no preparo.

Há alguns anos, ouvimos falar do movimento “slow food”, em contrapartida à rapidez com que as pessoas vinham se alimentando. Comer melhor, uma comida menos industrial e mais natural. Hoje podemos acompanhar um crescente problema de saúde pública que são as alergias alimentares que, embora estejam sendo estudadas e entendidas, já são cruzadas com a tendência da falta de cuidado com a alimentação ao longo dos anos.

Na contramão disso tudo, é possível perceber um crescente e atraente mercado para as produções artesanais na alimentação, livres de conservantes, com ingredientes muita vezes orgânicos e um cuidado maior no preparo. Massas, pães, bolos e toda uma leva de produtos artesanais são encontrados facilmente, inclusive via internet. Neste contexto podemos encontrar também as produções voltadas aos alérgicos. Cada vez torna-se mais frequente a procura por alimentos livres de glúten, ovos, amendoins e outros alergênicos, o que aumenta a possibilidade de ganhos para quem produz e comercializa. Este texto foi pensado no pequeno produtor ou naquele que ainda está começando, e por aqui você terá algumas dicas sobre formas de valorizar seu produto levando em conta uma boa embalagem.

Um pouco sobre legislação

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define o que é o rótulo:

“É toda inscrição, legenda e imagem ou, toda matéria descritiva ou gráfica que esteja escrita, impressa, estampada, gravada ou colada sobre a embalagem do alimento.”

Vale a pena entrar no site e conferir as cartilhas que são disponibilizadas, já que é ponto básico saber o que manda a legislação se você quer comercializar produtos alimentícios. Existem algumas portarias específicas sobre as informações obrigatórias na embalagem, mas resumidamente, o que não pode faltar são: descrição de cada ingrediente, origem (fabricante), prazo de validade, lote, tabela de informação nutricional.

Segue o link para que você possa conferir todas as informações:

http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Alimentos/Assuntos+de+Interesse/Rotulagem

Identidade Visual e Design

Uma embalagem tem o poder de valorizar o produto ou levá-lo ao fracasso. E apenas por este motivo, é importante que você dê atenção a este item. A embalagem será composta do material que vai acondicionar seu produto e também da comunicação visual que deve conter as informações sobre ele. Recomendo que você contrate um profissional da área de comunicação que possa desenvolver seu logotipo e sua comunicação visual. Um logotipo bonito vai traduzir em imagem o conceito do seu produto, valorizando-o e fazendo com que seu cliente se sinta seguro em consumir o que está dentro da embalagem. Ele vai perceber que você teve o cuidado em desenvolver algo que valorize o conteúdo, e isso já é um ponto positivo na aceitação do seu produto.

E aqui, uma observação importante: não adianta só levar em conta a beleza. As informações precisam ser claras, objetivas. O layout deve ser pensado de forma que o consumidor tenha acesso às informações de maneira satisfatória, com uma tipologia adequada. E além de tudo, a maneira como as informações estarão dispostas podem trazer ao consumidor uma ideia sobre seu produto: informações desorganizadas fatalmente remeterão à ideia de que quem produziu o alimento também é desorganizado.

Pense nas cores, na disposição dos elementos, no tamanho das fontes usadas. Quanto mais clean, melhor. Um layout poluído fica pesado, e não é uma opção se você quer ter sucesso nas suas vendas.

Material

É importante pensar na conservação do seu produto, levando em consideração seu transporte e armazenamento, para que não chegue à mão do seu consumidor com uma aparência ruim. Estas características são muito importantes para que você possa definir as melhores opções de embalagens. Por exemplo: produtos congelados necessariamente devem estar embalados em plástico e com rótulos em material à prova de umidade.

Dependendo do seu produto, a própria embalagem já pode vir com as informações impressas, mas se você tem uma variedade de sabores, por exemplo, o ideal é que a embalagem não contenha as informações e você faça a aplicação de cada rótulo conforme a necessidade.

Hoje é possível imprimir em pequenas quantidades usando o serviço de gráficas rápidas. Em uma busca rápida pela internet você encontrará diversas possibilidades para imprimir em vinil adesivo ou BOPP. Minha recomendação é o BOPP, pois existem opções diferenciadas como material metálico ou transparente, e também a qualidade de impressão fica bem melhor. Se a quantidade de rótulos for abaixo de 100 unidades, é possível que você tenha que imprimir em vinil adesivo, e neste caso é interessante que procure uma gráfica rápida na sua região.

Uma última dica: valorize seu produto artesanal com elementos rústicos na embalagem. Um papel rústico, uma tag, um adesivo com recorte diferenciado podem dar um toque especial no seu produto.

Não se esqueça de levar em conta os custos de embalagem na composição do preço do seu produto. A embalagem é parte importante e deve ser considerada nesta conta para que você possa ter um controle maior sobre seu lucro.

Um abraço,

Leliane Andrade

Marketing Digital para Negócios de Alimentação

www.lelianeandrade.com.br 

https://www.instagram.com/eu.lelianeandrade/ 

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