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Ozeni Ramos

Autor: Ozeni Ramos

Hábitos Tóxicos

1/10/2017 - São Roque - SP

O Resmungão

 

Verifique se você já se queixou de alguma situação ou pessoa após seu despertar, ou, talvez você recorde de algum acontecimento do dia anterior que te deixou alterado e aborrecido. Mas, se você está um pouco mais desperto vai lembrar-se da fartura de lamentações ou queixas das pessoas que estavam ao seu redor hoje, ou ontem.

Pois bem, o costume de reclamar e mal dizer as situações, coisas ou pessoas é tão natural em nosso cotidiano que ao começarmos a computar os resultados desse hábito “inocente” o susto é grande.

Contestações sem fim ocorrem também em nossas conversas mentais, onde nos policiamos o tempo todo na tentativa de manipular TODA a realidade a nosso favor, porém, isso raramente funciona, e então as reclamações geralmente utilizando a expressão (deveria ser) pipocam em nossas cabeças.

Lamentações, queixas, protestos, e todos os sinônimos desse contexto são prejudiciais, já que, roubam toda a energia psíquica do ser, tiram o seu foco, bloqueiam suas atitudes.

O que ocorre é o chamado estado de vitimização (significa colocar-se em um contexto de total incapacidade) nesse estado ocorre à paralisia da ação, da criatividade, o individuo torna-se inflexível em várias áreas da sua vida e nem percebe.

Reclamações constantes causam na mente uma espécie de barreira contra o bem estar, consomem muita energia mental e com o passar do tempo causam sintomas de estresse, geram insatisfação, e preocupações crônicas (a popular ansiedade).

Entenda que o ponto não é fingir que situações contraditórias, desafiadoras e incômodas não existam. Na verdade é descobrir quão grande é seu equilíbrio emocional para passar pelas mais diversas situações e saber compreendê-las, é crucial metamorfosear em algo útil todos os eventos e circunstâncias.

O lembrete é saber que a maioria dos seus pensamentos e sensações vem do campo psicossocial em que você se encontra, sua mente capta essas informações de forma automática e inconsciente.

Desse modo, suas verdadeiras sensações, e reais percepções ficam encobertas dentro desse estado, é preciso discernimento para sair do ciclo que se formou.

É mais ou menos como uma trufa de chocolate (hummm!) o recheio seria o seu conteúdo interno (suas percepções, suas reais vontades, etc.) já a cobertura de chocolate que é a capa que protege o recheio, é tudo que você recebe e capta de informações do seu ambiente e das pessoas que estão ao seu redor.

O básico é entender os dois lados: o interno e o externo, no externo você deve perceber que quase tudo que está o seu redor é indomável, por exemplo: as pessoas, as coisas materiais, a natureza, a sociedade e seus costumes, você não vai ter controle sobre nada disso efetivamente.

 Na verdade, você não é capaz de ter uma percepção íntegra de todos esses fatores, enxerga apenas pedaços, tal como um quebra cabeça.No seu lado interno é preciso observar e treinar sua mente, parar no momento em que ela começar a fazer birra (como uma criança) você deve ser capaz de conseguir voltar à “superfície” rapidamente, retornar ao modo bem estar, apenas nesse modo as coisas são bem feitas e você encontra equilíbrio emocional.

Comece com o hábito de policiar suas objeções internas (seus diálogos consigo mesmo) verifique se eles são negativos, se são repetitivos, se impedem suas ações. Quando forem desagradáveis, negativos e inibidores,  mude o foco para a resolução, e se não houver solução no momento quebre o foco da questão imediatamente praticando uma ação diferente.

Essa tática parece superficial, mas, a ideia e de treino mesmo, com o passar do tempo seu sistema de consciência vai se adaptar a dar foco às coisas essenciais, vai se adaptar a um nível de pensamento de alto padrão. Tal como efeito dominó, o sujeito vai atingir clareza mental e equilíbrio emocional, condições escassas a nível individual e coletivo nos dias de hoje.

 

Na próxima falaremos sobre mais um hábito tóxico...

 

 

 

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