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Ozeni Ramos

Autor: Ozeni Ramos

O Juízo Final

29/4/2018 - São Roque - SP

Intitulamos de Juízo Final a crença sustentada por grande parte das religiões que existem no mundo, em que o indivíduo será julgado pelo poder supremo e será aceito ou não na vida eterna, isto é, se for absolvido nesse julgamento, com base em seus feitos, e em sua vida, que deverá ter sido livre de pecados, só assim ele obterá a salvação e finalmente entrará na vida eterna. Bem, acho que você já conhece essa história.

Não, não é sobre religiões que vamos papear, nem acerca de assuntos místicos, ocultos ou duvidosos... Utilizei esse mito para correlacionar com algo que fazemos diariamente. Vejamos se você consegue associar ao que estou falando...

Sim, ela mesma a famosa crítica.  Juízo final = Critica Irrevogável

Do latim criticus, segundo o dicionário Aurélio manifesta algum desses conceitos:  exercer censura sobre alguém ou sobre algo, pôr defeitos em exercer a crítica.

Tudo bem, mas, qual a relação da crítica nossa de cada dia tão “inofensiva” tem a ver com o mito do juízo final, as duas expressões não permitem volta, assim como o “juízo final” dificilmente alguma crítica exposta será anulada pelo seu interlocutor. Vamos enumerar:

Quando você fica irritado com uma pessoa por ela não ter feito o que você julga ser o correto

Quando crítica a si próprio por não ter ou ser ainda o que idealizou

Quando compactua com qualquer tipo de fofoca que chegue aos seus ouvidos

Por conseguinte, quando fala mal de algo ou alguém

Quando mal diz a si mesmo em pensamento, palavras e ações

Quando deprecia pessoas, coisas ou situações

Quando menospreza o que sente

Quando julga pessoas de forma instantânea

Quando toma decisões precipitadas

Quando aceita opiniões, conselhos e verdades sem filtrar e sem investigações a respeito.

Bem essa lista poderia ser enorme, mas, acredito que compreendeu que o conceito de crítica é muito amplo e está sim muito presente no seu cotidiano.

Sim, aquela fofoquinha básica entre colegas, grupos de escola, trabalho, ou qualquer tipo de grupo de pessoas é tão comum que nem percebemos os efeitos que são gerados.

Veja bem, gasta-se muita energia para críticas, reclamações, comentários, e o engraçado e que elas sempre são negativas, pois, as positivas chamamos de elogio. Ora ninguém chama de fofoca o ato de bendizer ou prestigiar alguma coisa, pessoa, situação, denominamos isso de admiração.

Na maioria das vezes o  indivíduo encontra nesse tipo de expressão uma válvula de escape, dente os inúmeros significados, geralmente tem a ver com a questão do foco distorcido, ou seja, ao  julgar algo que está fora, não é necessário analisar o que está dentro de si próprio, “lá fora é pior” e eu sou bom e isento dessas coisas que estão lá fora.

Como também estar associado a “espaços vazios” em sua mente, em outras palavras: inconscientemente algo me chama tanto a atenção que tenho que expressar isso de alguma forma.

De uma forma sutil, ou, não, aquela situação me afeta, e para liberar essa tensão mental expressarei de alguma forma, isso pode gerar fofocas, depreciações, ofensas, inveja, raiva, frustração...

Finalizando esse assunto é vasto, quero que você fique com a ideia de que nosso cérebro gasta muita energia nesse tipo de situação, e energia mental gasta não pode ser recuperada.

Análise de que forma você lida com esse tema, e de que maneira você pode poupar a sua energia (nesse caso energia é igual a foco, onde você está colocando seu foco?) para obter e fazer coisas que são mais importantes para você é importante deixar de fazer coisas que atrapalhem.

Buscar esvaziar a mente com sentimentos e pensamentos tóxicos deve ser uma tarefa diária, “esvaziar a mente dos lixos” dessa forma você atinge determinação, foco, leveza e suas ações serão condizentes com o que você realmente deseja.

Até logo!

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