COLUNISTAS
Autor: Vander Christian
Férias
15/7/2018 - São Roque - SP
Chega o período de férias e a maioria das pessoas começam a juntar as malas e partir rumo ao destino que foi escolhido. Aí está o grande detalhe: Partir rumo ao destino...
Viajar é sinônimo de paz e alegria. Exceto, pelo fato que acontece sempre nos locais onde muitas pessoas se juntam ao mesmo tempo. O estresse vai estar por lá, presente com toda certeza. De todos os lados surgem pessoas desinformadas, procurando algo que ela nem mesmo sabe o que é. No caso das rodoviárias, os ônibus nunca saem no horário, talvez até mudam de plataforma, deixando as pessoas ainda mais confusas. Dizem que isso tudo é o preço que se paga para ir viajar. Mas e o valor que se paga no ato da compra da passagem?
Lembro da última vez que fui viajar durante as férias de dezembro. Eu estava feliz, tinha certeza de que ia descansar e curtir as férias numa boa. Eu estava enganado. E como. Antes de curtir a viagem e descansar, tinha o estresse da rodoviária. Começou logo quando cheguei no terminal rodoviário. Parecia que o planeta todo estava indo em direção ao terminal rodoviário, era como se todos tivessem marcado um encontro lá. Olhei para o relógio e constatei que tinha uma folga boa no horário. Caminhei devagar no meio da multidão. Mas não tinha como andar rápido! Era muita gente e muitas malas! Cheguei na plataforma quase na hora de embarcar! Achei um lugar, aparentemente tranquilo, decidi que ficaria ali até o ônibus chegar.
— Com licença, moço, posso passar aqui?
Olhei para o lado, uma vontade tremenda de dizer para a mulher que não tinha como lhe conceder licença por um simples motivo: Não tinha para onde eu ir! Só se eu subisse na grade da rodoviária e ficasse lá em cima!
Estresse. Empurra-empurra. Fisionomias fechadas. Em nenhum momento parecia que as pessoas, ali presentes, estavam indo curtir as férias. O embate estava tenso. É o preço que se paga para ir viajar. Não acho isso justo, pois todos os dias do ano partimos para o embate ao entrar nas conduções lotadas para garantir o sustento. Portanto, espera-se que pelo menos uma vez no ano, possamos de fato curtir as férias.
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