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Dr. GILBERTO POMPERMAYER

Autor: Dr. GILBERTO POMPERMAYER

Siga o chamado e não a multidão

29/4/2020 - São Roque - SP

 

Em mais uma madrugada calma e serena foi que ouvi crianças e pedidos de socorro. Ao abrir os olhos o imenso mar revolto ali estava e fechei os olhos e tão real era a cena que tínhamos sob os nossos olhos uma embarcação que ali passava. Abri os olhos e observei com vontade de prosseguir e ao mesmo tempo remediar a situação de espantosa dimensão. Uma tripulação que perdia suas forças e não encontrava recursos para compensar as perdas vultosas. Ali entre o medo e a angustia inspiravam repugnância e compaixão. Um profundo desequilíbrio afetava toda a estrutura da embarcação e em meio a pequenos túneis aumentava a incapacidade e muitos jaziam quase inertes com progressiva ausência de controle psíquico. Uma grande Luz tomou conta do ambiente e nossos amigos espirituais estavam já em assistência. O mentor olhou fixamente em nossos olhos e disse, vamos trabalhar. Seguimos alegremente.
 
Já nas dependências da Colônia Manto da Luz, nossos irmãos chegavam e em sua maioria com incapacidade de compreensão. Com assistência todos foram acolhidos e encaminhados com abundantes recursos magnéticos. Deixamos o local e seguimos para uma sala anexa e fomos recebidos pelo ministro. Ao seu lado aguardava um senhor com vestimenta branca e com cicatrizes em seu rosto. Estava preocupado pela responsabilidade e mantinha o idealismo ardente. Em seu olhar e pela tela dos sentimentos humanos, ele permanecia cego para o outro lado da vida. Eu me aproximei e quando ele se virou olhou fixamente em meus olhos e disse. Meu filho, eu não tive culpa, me ajude. Coloquei a mão em sua testa e disse a ele. Amado, você não pode suportar por mais tempo a existência do corpo carnal e precisamos libertá-lo. Passei a auxiliá-lo pelo pensamento afrouxando os laços da encarnação. Em vista disso, a esfera evolutiva o cobriu com grande luminosidade e notei que ele já estava alegre e o seu sorriso estampou o seu rosto e suas cicatrizes desapareceram. Sem perder a serenidade otimista, o ministro explicou-me que a sua personalidade congênita desencarnante estava presa ao corpo inerte, em plena inconsciência e incapaz de qualquer reação pelo organismo perispiritual. Ele, o capitão, havia permanecido ao lado dos destroços da embarcação. E pelo seu elo sistêmico, tudo seguiu em harmonia. E se fez Luz.
 
Ao retornar ao lar terreno, olhei para a amada, querida e estimada alma gêmea e sorrimos após o serviço laborioso para nós em condições favoráveis e animadoras. Emocionados permanecemos e ela adormeceu. Passei a refletir que a dor na Alma é mais intensa que a dor no corpo. A cada momento desta história um profundo aprendizado e como em um passe de mágica ouvi as ondas do mar. Ao levantar me veio à mente de que somos livres quando descobrimos que os limites são feitos pelos pensamentos e já havia retornado a este plano. E assim, cada um a suas Obras e por isso, feliz daquele que desistiu de mudar os outros e começou a investir seu tempo lapidando a si mesmo. Siga o chamado e não a multidão. Gratidão. Bom dia e boas energias. Eu acredito em você.  

 

 

 
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