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Mayk Souza

Autor: Mayk Souza

Apelo climático e novas tecnologias deve influenciar o consumo de carne

21/9/2021 - São Roque - SP

Há anos, diversos veganos e vegetarianos fazem apelos para reduzir ou mesmo neutralizar todo o consumo de carne de origem animal em todo o planeta. Entre as principais justificativas, além de melhorar a relação com os animais, está o desmatamento acelerado e queimadas realizadas para ampliar os pastos.

Outro fator que reforça essa nova consciência alimentar está na eliminação de recursos naturais, já que estudos indicam que mais de 50% da água do planeta é usada pela pecuária. Além dessa informação, temos ainda a emissão de gases que afetam o efeito estufa e que são responsáveis pelo aquecimento do planeta.

A literatura científica prevê que a emissão de metano, óxido nitroso e CO2 aumentem cerca de 80% até 2050. Hoje elas já representam mais de 60%, infinitamente superior ao transporte (carros, caminhões, trens, navios e aviões).

Some a isso o resultado de uma pesquisa feita pelo Datafolha em setembro/2021 em que aponta que 67% dos brasileiros reduziram o consumo de carne na pandemia. O principal fator apontado é a inflação do período, já que o preço médio da carne teve elevação de 31% nos últimos 12 meses.

Todos estes fatores estão influenciando o mercado da alimentação e provocando o surgimento de novas tecnologias que permitam manter o sabor, preservar a vida dos animais e os recursos naturais e ainda causar pouco impacto no bolso do consumidor.

Estudiosos da Universidade de Osaka, no Japão, conseguiram desenvolver um bife artificial de Wagyu, o corte mais caro do mundo. O experimento, feito a partir de células-tronco, usou uma impressora 3D para chegar à versão final do produto.

Como resultado, eles criaram estruturas como músculos e gordura, a fim de trazer uma peça que realmente se aproximasse da versão original. Depois de organizar cada pedacinho da carne de laboratório, eles ainda resfriaram o bife a uma temperatura de 4°C, até chegar na versão final.

O experimento ainda não pode ser liberado para consumo humano, mas já é um gigantesco avanço em um mercado que deve movimentar 140 bilhões de dólares na próxima década, de acordo com projeções do mercado.

A primeira startup a atuar nesse mercado começou as suas operações em 2016. Agora, Mosa Meat e Eat Just tiveram autorização para comercializar carne criada em laboratório em Cingapura.

O setor quer tornar a produção mais humana e ambientalmente sustentável e atraiu financiamento de capital de risco recorde em 2020 e deve crescer de forma acelerada nos próximos anos.

O que você pensa sobre o consumo de carne animal e a criação de gado, porcos e frangos exclusivamente para consumo?

Descubra mais sobre os benefícios da sustentabilidade para o meio ambiente. Leia também algumas dicas de como motivar o time de vendas!

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