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Dr. GILBERTO POMPERMAYER

Autor: Dr. GILBERTO POMPERMAYER

TERAPIA - Regressão à Vidas Passadas - Relato (Sessão 23.589)

16/11/2022 - São Roque - SP

TERAPIA - Regressão à Vidas Passadas - Relato (Sessão 23.589)

 

Queixa principal: Um sentimento de busca que não passa, enxaqueca constante, medo se relacionar e confiar nas pessoas, sensação de que alguém lhe observa por trás e constante insônia.

Sinto areia embaixo dos meus pés. Olho em volta e vejo uma praia. Não há ninguém. Apenas eu e o som das ondas quebrando, o som do mar, os pássaros e eu a caminhar naquela praia. Sigo calmamente pelo extenso da praia tentando encontrar alguém. Aparentemente o local era deserto. No sentido oposto havia uma floresta e mais atrás um paredão de rochas, uma montanha. Não me recordo como cheguei até ali. Não sei o que estou fazendo neste lugar. A única coisa que tenho em mente é saber onde estou e pedir ajuda. Após um bom tempo caminhando e na procura de alguém, tenho certeza que a praia era deserta e ninguém ia até lá. Por mais que andasse, nenhuma alma eu encontrava. Estava com medo e preocupada. Cansada de tanto andar, sentei na areia. Me aproximei da água e sentei. A água vinha até os meus pés. Estava perdida em pensamentos e não entendia o que eu fazia ali. Foi então que uma voz me chamou. Vi um homem moreno e com os cabelos bem curtos, olhos pretos e olhar determinado e simples. Usava roupas simples. Uma camisa velha.  Uma calça branca e bem surrada. Nos pés uma sandália. Ao perceber que o havia notado ele deu um sorriso, porém o seu olhar continuava o mesmo. Aproximou se de mim e disse. Já conseguiu se encontrar? Disse, não sei o que faço aqui. O seu sorriso aumentou ainda mais. Ele se abaixou perto de mim, colocou a mão em meu ombro e disse. Tente se esforçar um pouco mais, não é difícil, já que está aqui. Sei que pode ser doloroso, mas não tenha medo, pois estou aqui com você. Olhei confusa para ele e ele parecia me conhecer muito bem. Algo me dizia para eu confiar nele. Fechei os olhos. E ele disse, muito bem. Tente pensar em seu passado e em sua jornada. O que sentiu e viu e tudo o que perdeu será trazido de volta. Tentei fazer o que ele havia dito. Enquanto estava com os olhos fechados veio uma imagem embaçada. Os dois adultos brigando e uma criança via tudo aquilo. Fiquei com pena da criança. Não identifiquei quem estavam brigando. Por mais que eu esforçava não via. Ouvi a voz de um homem dizendo. Muito bem, continue e tudo será explicado. Foi então que enquanto a briga desenvolvia e a criança assistia, eu notei algo familiar nas roupas da mulher. Não estava fácil, tentei apertar os olhos para ver a mulher. Foi então que o lampejo e uma dor aguda tomou conta de minha cabeça. Fiquei cega por alguns instantes. Não via nada. Mas ainda podia sentir o homem. Ele estava na mesma posição. Ele repousava as mãos em meu ombro. Muito bem, deixe tudo fluir para fora. Assim, toda mudança acontecerá. Não desista agora. Voltei o meu foco para as visões e tudo começou a fazer sentido. A mulher que discutia com o homem era eu. O homem o meu marido. A criança o nosso filho. Senti uma repulsa de mim mesmo. Vergonha, por ter permitido que o nosso filho assistisse. Foi então que quando parecia ter terminado o homem pegou um pedaço de ferro e acertou a minha cabeça. Ele continuou a golpear a minha cabeça. Eu, pedindo que ele parasse e tentando me defender. Ele parecia estar hipnotizado, frenético com o ferro batendo em minha nuca. Vi, eu mesmo, pouco a pouco sem forças até não me mover mais. A dor aumentava cada vez mais. Como se sentisse um raio, abri os olhos e ao olhar para o lado pude ver aquele homem com expressão séria e me olhava com preocupação. Olhou para o meu rosto e disse. Como está se sentindo? Respondi, não muito bem.  Ele me disse que isso são traços de seus últimos momentos, mas tudo isso já passou. São lembranças. Você por infelicidade desencarnou naquele momento. Fiquei preocupada e comecei a gaguejar e a perguntar. Como assim? Quer dizer que estou morta? Como ficará a vida do meu filho com o meu esposo? Ele me diz que eu não devo se preocupar. Meu filho será muito bem protegido. Perguntei, afinal de contas onde eu estou? Que praia é essa? Ele se levantou e disse, esse é um local de repouso. Trazemos aqueles que necessitam do processo de cura. Aqui embora não vejam uns aos outros, apesar de achar que está sozinha, há muitos outros como você, embora não os vejas. Só assim a cura acontece. Tudo será mostrado e aprendido em seu devido tempo. Assim como os outros que não podem ver, tem o seu tempo específico, uns mais e outros menos, todos tem este tempo de recuperação. Sei que se preocupa com o seu filho. Tudo nesta vida é passageira. A sua passagem naquele mundo terminou. Chegou o momento de aprender e a traçar novas metas. Cedo ou tarde será permitido ver o seu filho novamente. Venha comigo. É preciso ter paciência. Segure a minha mão, pois chegou o momento de irmos para outro lugar. Recordará tudo e aprenderá e entenderá sua nova jornada. Segurei a mão do homem e ele me puxou e caminhamos. Ele olhou para mim e disse, venha comigo. Não devemos ficar aqui. Vamos para uma nova fase. Me abraçou e gentilmente colocou as mãos em minhas costas e disse que tudo ficará bem a partir de agora e seguirá em paz e harmonia. Começamos a caminhar e tudo ficou branco.

 

Mensagem dos Mentores

“Neste mundo de provas e expiações tudo a nossa volta através de gatilhos e armadilhas tentam nos derrubar. Sentimos muitas vezes tristeza e felicidade. Temos que ser forte e seguir firme. Se a vida nos exigir mais ou nos derrubar é para sentirmos muito mais fortes e evoluirmos e sejamos sempre fortes. Só assim, aprendemos a lição e sejamos pessoas melhores.  Mesmo que a vida nos exija muito mais, devemos sorrir e ficar em pé, levantar, erguer a cabeça e principalmente seguir em frente. Estamos sempre protegidos. Nunca perca a sua fé no Pai”.

 

E com a amada, querida e estimada Alma gêmea, nossa eterna gratidão. Bom dia e boas energias. Eu acredito em você.

www.psicanalistapompermayer.com.br

 

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