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Dr. GILBERTO POMPERMAYER

Autor: Dr. GILBERTO POMPERMAYER

TERAPIA - Regressão à Vidas Passadas - Relato (Sessão 33.829)

24/11/2022 - São Roque - SP

Regressão à Vidas Passadas - Relato (Sessão 33.829)

Queixa principal: Tenho pavor de sangue. Sinto depressão profunda e angustia. Me sinto sozinho. Sinto que a minha família não me entende e não me ama. Tenho muito medo de perder o meu Pai. Sinto muita vontade de ir morar em outro lugar e penso até em desistir de tudo.

 

Vejo um alvoroço muito grande. Muitas pessoas estão na porta de uma loja. Alguns gritavam e algo havia acontecido ou estava acontecendo. Estava passando pela rua e fiquei incomodada. Decidi então ver o que estava acontecendo. Foi difícil me embrenhar entre as pessoas e entrei. Havia um círculo de pessoas aglomeradas em volta de algo. Me aproximei pela curiosidade e para o meu horror e aflição, uma mulher toda ensanguentada no chão. Era uma cena apavorosa. Nunca tinha visto aquilo. As pessoas não sabiam como tudo tinha acontecido. Ouviu-se um estardalhaço de cavalos pela rua e a multidão se desesperou. Eram as autoridades que chegaram e removeram as pessoas e começaram a questionar a todos que ali estavam. Eles faziam muitas perguntas para mim. E depois de um tempo me deixaram ir. Eu estava com muito medo. A cena daquela mulher caída no chão me vinha a mente e com muitas lembranças. Segui meu caminho e tudo ficou branco. Relembrando o porquê eu estava ali, pude constatar que eu havia decidido comprar algumas roupas e caminhava pelo centro da cidade, quando me deparei com aquele alvoroço. Depois que sai da loja eu comecei a caminhar e acabei ficando desnorteada com o que vi. Mas era muito estranho, pois alguma coisa não parecia certo. Aquele tumulto me despertou a curiosidade e decidi então voltar onde aconteceu o fato. Ao chegar lá não sabia ao certo, mas uma grande aflição passou a tomar conta de mim. Senti que algo não estava certo. Foi então que parei, fechei os olhos e imediatamente a imagem da mulher voltou a minha mente. Como choque, um estalo me fez abrir os olhos e fiquei em estado de pânico. Por causa de todo esse alvoroço não tinha prestado a atenção, mas ao ver a fisionomia da pessoa ali no chão, vi que era uma prima que há muito tempo não via. Ao me dar conta eu comecei a chorar. Apesar da distância, éramos muito apegadas quando meninas. Brincávamos juntas e éramos muito amigas. A vida nos faz tomar caminhos diferentes e tudo ficou branco. Está de noite. Um homem chegou e está sentado à beira de uma fogueira. Está sentado em uma pedra e com os olhos fixos no fogo.  Seus olhos pareciam vazios e ao mesmo tempo estava concentrado. As chamas faziam os seus olhos brilharem. Eu estava sentada em outro canto e encostada em uma arvore e apenas admirando a cena. Ele era uma pessoa que eu admirava muito. Sempre quis ser como ele. Eu me esforcei muito para aprender o que ele fazia e hoje posso viajar com ele. Sempre que ele fica com aquela aparência é o momento mais impressionante. A concentração e a determinação, toma conta e parece que olha para o nada e, em meio ao nada parece refletir sobre o que fazer e o caminho a seguir. Tenho muito orgulho de chamá-lo de Pai. Desde pequena ele cuidou de mim. Eu tinha sido abandonada pela minha família e estava perdida e ele me encontrou e me acolheu. Sei que preciso ser menos dependente dele e caminhar com as próprias pernas, mas ao lado dele me sinto segura e feliz. E tudo fica branco de novo. Estávamos caminhando pela montanha e caçando animais. Queremos pegar o que conseguirmos e levar para a cidade e conseguir dinheiro com a carne e com o couro destes animais. Era o primeiro dia e não tivermos muita sorte. Nos encontramos no final da tarde e exaustos avistamos uma pequena clareira, uma bela vista e a lua nascendo. Meu Pai me pediu acender a fogueira enquanto ele procurava algo para comermos. E algum tempo depois ele apareceu com dois coelhos. Preparamos os dois e comemos. Bom tempo depois e encostada em uma arvore, me pego admirando meu Pai. Me recordo que todas as vezes quando ele chegava ao final da tarde eu sempre o observava. Poucas palavras ele falava. O tempo passou. Meu Pai já não tem toda aquela vitalidade que tinha. Eu o ajudo nas caçadas, mas não sei por quanto tempo ele ainda vai aguentar. Algumas vezes fui caçar sozinha, pois ele não tinha tantas forças e sempre perguntava como tinha sido as minhas caçadas e ele me abraçava amorosamente. Carinhosamente ficávamos a noite toda conversando. Certo dia ele veio adoecer, fiquei muito triste por ele. E mesmo não estando em condições de saúde ele se esforçava para não ficar na cama. Ele não queria me dar trabalho. Mesmo assim eu brigava com ele para descansar mais e mais. Todos nós temos o nosso tempo e certo dia ele acordou muito fraco. Percebi que ele não conseguia se levantar da cama e me chamou. Sentei ao lado dele na cama e ele olhou em meus olhos e disse. Você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida. Deus fez com que eu achasse você aquele dia para que eu tivesse forças para continuar vivendo, pois eu havia perdido tudo, a esposa e filhos e você foi a luz que mais uma vez iluminou o meu caminho. Muito obrigado por estar comigo e cuidar de mim todos estes anos. Ao terminar de dizer isso ele apertou a minha mão com força e eu retribui e logo em seguida percebi que a sua respiração havia parado. Ele não se movia mais. Ele se foi. Fiquei aos prantos segurando as mãos e chorando muito. O tempo passou e nunca mais fui a mesma. Deixei as dores me consumir e pela solidão que me arrastou, fui perdendo a alegria de viver. Tudo ficou cinza. Agora, eu me vejo em um lugar muito estranho. Não sei onde estou e nem como fui parar ali. Por algum motivo sinto uma tristeza muito grande. Sinto-me no chão e como uma garotinha indefesa e eu começo a chorar e a soluçar. Eis que percebo uma luz atrás de mim. Uma mão toca o meu ombro e uma voz familiar me diz. O que aconteceu com a minha garotinha?  Não tem porque chorar. Tudo vai ficar bem. Ao olhar para traz vejo o meu Pai com um grande sorriso. Nos abraçamos e entre alegria e lágrimas, tudo fica branco a nossa volta. Com satisfação e felicidade, uma enorme luz toma conta de mim. Eu sinto em paz. E tudo fica branco.

 

Mensagem dos Mentores

“Amado irmão. Devemos sempre valorizar as pessoas que estão a nossa volta. Todos contribuem de uma forma ou de outra com a nossa evolução. Estamos apenas de passagem. Muitas vezes não damos a importância a estes pequenos detalhes, achando que a morte é para sempre e não é. A morte é apenas um jogo de ilusões, a travessia para a mudança de endereço. Perceberemos que um dia, todos que nos amam e até mesmo aqueles que nos amparam e que muitas vezes não valorizamos porque o ego é maior, estarão e estão sempre presentes à nossa volta e fazem parte da nossa existência infinita”.                                                 

 

E com a amada, querida e estimada Alma gêmea, nossa eterna gratidão. Bom dia e boas energias. Eu acredito em você.

www.psicanalistapompermayer.com.br

 

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