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Pedro Fagundes de Borba

Autor: Pedro Fagundes de Borba

Política e espiritismo

1/4/2023 - São Roque - SP

      O assunto fica em uma esfera da qual se trazem muitas diferenças, ideias e visões. Como muitas religiões, existem alguns aspectos políticos ou relações com a política no espiritismo.  Não por maneira direta, mas há muitas associações e posturas possíveis. Pois a doutrina lidando com os espíritos humanos encarnados e desencarnados, esta lidando com seus vários aspectos e características, a política inclusa. Como já dizia Aristóteles: o homem é um animal político.

      Por isso, questões espíritas também estão relacionadas com a política, estando na parte da forma de viver, encarar a sociedade e como agir perante tudo isto. Em torno, já se debateu bastante sobre ação e condução das questões políticas no âmbito espírita. Pois, se entende que apesar da política ser onipresente na sociedade, há aspectos e coisas que dela escapam, demandando outras ações e formas. E, quando bem feitas, podem fazer grandes ações e dar alguns caminhos para aquelas pessoas.

       O espírita é com tudo isso, alguém que deve conhecer e entender a política e as situações, para poder analisar a maneira como os encarnados vivem e se organizam socialmente. Também deve possuir lados e visões políticas, para saber aonde quer conduzir os encarnados, ou lhes mostrar possíveis caminhos e ideias. Não há um consenso sobre a conduta e postura do espírita em relação à política, tendo-se vários debates a respeito.

  Porém uma visão já um tanto sólida é a de Aylton Paiva, importante médium e palestrante. Sobre a qual o espírita deve ter visões políticas e defendê-las, mas não fazer política partidária nos centros. Usar estas questões partidárias externamente, em seus respectivos âmbitos e espaços. Para assim conseguir falar de política em maneira abrangente em centros, pensar como um fenômeno complexo que vai além dos partidos, embora nunca abandone ou deixe de passar por estes. Assim, se fazer uma ampla discussão sobre a condição humana e suas organizações. Será mais inteligente e espiritualmente forte fazer a discussão baseada nisto, dentro dos centros espíritas.

     A conduta espírita deve sempre se pautar na busca da igualdade e da melhoria para os seres humanos. Entendendo que a política é um aspecto fundamental para isto, passa por ela e usa seus artifícios. Sempre buscando os caminhos maiores, aqueles nos quais a política é entendida amplamente, em tudo aquilo que nela passa e reflete o espírito humano. E o espírita vendo isso, tenta agir e ver por aonde ir. Com tudo isto, pode provocar evoluções e melhorias, ou dar alguma influência nelas, ao menos.  

 
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