COLUNISTAS
Autor: Pedro Fagundes de Borba
Serenão
24/2/2024 - São Roque - SP
Mesmo não sendo um conceito e uma ideia da doutrina espírita, pois foi feita pela Conscienciologia, a ideia do Serenão se aplica também ao espiritismo. Primeiro por ter sido feito por um antigo espírita, que foi Waldo Vieira. Segundo, por algumas de suas principais ideias pontos, especialmente relacionados com a serenidade. A noção em si tem mais a ver com os meandros conscienciologicos do que propriamente com visões ou noções mais espíritas. Ainda assim traz consigo a semelhança e ligação com o espiritismo pela questão em si dos próprios espíritos.
Espíritos estes que possuem naturezas e pensamentos um tanto inquietos, sempre vagando e sempre presentes nas encarnações. Também muito mexidos por espíritos e ideias desencarnadas ou ao redor, por vezes pegas pelos espíritos obsessores. Isto tudo acontece envolto nas névoas da vida, naquilo do qual estamos dentro, no qual se vive e que nos causa inquietação, dúvidas e uma posição dentro da própria vida. Quando tudo isto ocorre, as inquietações aumentam fazendo com que os sentimentos dobrem e mudem, experimentando várias sensações, causando mais dúvidas. Todos estes fatores fazem parte da vida, estão dentro dela, porém não é seu ponto mais alto, tendo outros jeitos de ser mais elevados, melhores.
A serenidade nestes contextos adquire maior importância por ser aquilo que possibilita uma melhora, um melhor contato com a vida. Conforme se vive, conforme se atingem novas ideias, mais coisas sobre o vivo vai sendo percebido e isto nos torna mais serenos, mais juntos a vida e as suas complexidades, que vão sempre aparecendo a nós e mais se manifestando durante estes processos. Nisto, conforme vamos conseguindo aumentar e melhorar a serenidade vai nisto nos aprofundando e melhorando na vida e a vida em si. Com tal sentimento a ligação divina fica mais forte, nos aproximando de Deus.
O Serenão será o mais alto ponto disto, não com a indiferença proposta pela Conscienciologia, mas com uma serenidade e uma proximidade ímpar com a vida. A qual terá uma consciência e serenidade que permitirá estar nela, sentindo suas complexidades e percebendo seu tamanho e aquilo que nos põe. O Serenão fica sereno não indiferente, mas em conexão profunda dos meandros e das linhas tortas de Deus.